29 de setembro de 2010

26ª Feira do Livro Caxias


Informações acesse o blog da feira.

28 de setembro de 2010

Palestra Lipovetsky

Ontem tive o prazer de assistir a palestra sobre Pós-Modernidade no contexto da Ética e da Educação, com o sociólogo Gilles Lipovetsky.
Para quem não o conhece ele é um sociólogo francês, professor de filosofia da Universidade de Grenoble, teórico da Hipermodernidade, autor dos livros A Era do Vazio, O luxo eterno, O império do efêmero, entre outros.
Abaixo segue resumo da palestra.
Segundo Lipovetsky, a sociedade pós-moderna se formou a partir dos anos 70. Nesta época ocorreu duas manifestações que definiam a sociedade pós-moderna:
1) Falência das grandes ideologias/utopias
2) Impulso de uma nova cultura; a lógica do individualismo; culto ao presente
Surge uma Anatomia Individual e o predomínio da vida privada sobre a pública. Ocorre a busca de uma renovação incessante das coisas (a lógica da Moda=efêmero), centrado no presente.
Após os anos 80 isso se acentuou ainda mais. Por isso Lipovetsky prefere o termo hiper-modernismo, que é, segundo ele, o que estamos vivendo hoje.
Tudo é hiper: hiper-tecnológico, hiper-crédito, hiper-rápido, hiper-mercado, ...
Por que isso se tornou mais intenso? Devido a dois fatores:
1) A globalização
2) Revolução da tecnologia
A internet torna possível a troca de informações em tempo real. Isso faz com que tudo se torne mais rápido. Grandes sociedades hoje vivem de forma trimestral: precisam repassar dados, estatísticas, resultados de três em três meses.
É a lógica do presente extremo. Os radicais dizem que, por causa disso, estamos vivendo uma sociedade hedonista e problemática. Lipovetsky não acredita nisto.
Segundo ele não estamos vivenciando a morte da modernidade (por isso não usa o termo pós), estamos vivenciando a exaltação da modernidade; a hiper-modernidade.
Desde o século XVIII, a modernidade era levada de forma mais controlada: a igreja, a família, a política, as instituições educacionais freavam o ciclo da modernização. Hoje esses contrapesos ruíram, se romperam. Surge então uma modernização hiperbólica.
Não há mais tradição. E o que significa isso?
- aguçar o mercado
- mudar cada vez mais rápido
- lógica da competitividade
- religião e família se privatizaram
- culto a concorrência
- Direito dos indivíduos
- individualidade.
A sociedade hiper-moderna é formada por três tendências:
1) Lógica da tecnociência
2) Lógica do mercado/democracia
3) Lógica do indivíduo
E produz:
- anarquia de valores
- concorrência
- egoísmo
- poder do dinheiro
Dessa forma, onde está a ética?
O sociólogo enfatiza que nós não estamos vivendo o fim da moral, mas sim uma nova inscrição da moral. O pós-moral. Nossa época pôs fim não à moral, mas ao regime que conduzia a moral.
Antigamente a moral era dividida em:
1) Os valores em relação a si mesmo
2) Os valores em relação ao outro
Para exemplificar o que estava falando, Lipovetsky citou a questão do suicídio. Antigamente era considerado crime, um atentado à moral. Hoje, não mais. Assim como a eutanásia, que hoje em muitos lugares é considerado um direito do homem.
Hoje a moral preza a cultura dos direitos do indivíduo. Por exemplo, a devoção a Pátria deixou de ser um valor ensinado nas escolas. Isso evita os exageros causados pelo fanatismo, pela exaltação ao nacionalismo e os ideais revolucionários, que trouxeram tantas mortes e crimes em seu nome.
A modernidade sacrificava o presente em função do futuro. Pensava-se lá adiante. Hoje preza-se o hoje.
Mas existem duas vertentes lado a lado:
De um lado a solidariedade, a fraternidade        X             de outro um colapso da moral
Antigamente a moral era disciplina nas escolas. Os professores ensinavam os imperativos da moral. Era uma moral racional, que era contrário a emoção.
Hoje vivemos uma moral emocional. Temos um sistema que apela para a emoção. Uma lógica da moral totalmente diferente. E a mídia tem seu papel nesta questão.
Ele citou como exemplo a questão da tragédia do Haiti. O fato de o mundo todo se mobilizar para ajudar pessoas que nem conhece, depois de uma tragédia, não é uma questão de educação, de moral racional, ensinada na escola. Se trata de uma moral midiática e emotiva. Acompanhamos o sofrimento pela televisão, nos comovemos, e resolvemos contribuir com um cheque depositado na conta tal, e pronto, fiz minha parte, já posso dormir tranqüilo.
Ele chamou isso de moral indolor. Moral a La carte.
Aqui nos deparamos com um paradoxo: o indivíduo se diz individualista, mas, bombardeado pela mídia, é incentivado a pensar no outro.
Sendo assim, o individualismo, ao contrário do pregam os radicais e a igreja, não é egoísta!
O sociólogo fez três observações sobre a natureza da ética na sociedade hiper-moderna:
1) Individualismo é complexo; segundo a linguagem do Papa, o individualismo é egoísta, egocêntrico; eu sozinho, eu domino; a seca do coração; o homem fechado em sim mesmo. Isso prega o catolicismo. Mas Lipovetsky não acha isso verdadeiro. O egoísmo pode ser uma das vertentes do individualismo, mas não é sua essência. Na sua opinião individualismo significa a escolha do indivíduo; um indivíduo não mais baseado em outra instituição. Ele defendeu que nunca antes na História houve tanta preocupação com o meio ambiente e com as questões da humanidade. Citou como exemplo a questão do voluntariado. Claro que cada vez mais existe o culto ao corpo, a solidão, o culto a si mesmo, mas também há um aumento crescente de movimentos de caridade, fraternidade, voluntariado. A individualização permite um comportamento ético desde que não seja uma obrigação.
2) Outra observação foi com relação ao exagero da tendência ao ceticismo moral e ao relativismo. A todo momento parece que nosso mundo está envolvido ao que Max Webber chamou de politeísmo dos valores. Dessa forma todos teríamos nos tornado filhos de Nietzche. Isso pode ser uma realidade em algumas filosofias, mas não é uma realidade social. Existe sim uma pluralidade da moral. Hoje existem vários pontos-de-vista sobre uma determinada questão ou fato. Citou a questão da união homosexual, das barrigas-de-aluguel, da inseminação, dos abortos... cada sociedade vê de uma maneira.  Claro, há uma base de valores que continua sendo comum a maioria: pedofilia, escravidão, assassinatos, mutilação infantil, são questões consideradas abomináveis na maioria das sociedades. A moral não tem mais soluções prontas. Ele acredita que hoje os valores humano são mais fortes do que na época das grandes guerras, em que havia uma instituição que repassava os imperativos da moral, e que não conseguiu evitar movimentos como Nazismo, Fascismo, Totalitarismo. Hoje ocorre o avanço da democracia.
3) Lipovetsky fez observações também com relação a sexualidade. De um lado o incentivo ao prazer, ao erotismo; basta acessar a web e temos um bombardeio de ofertas sexuais. No entanto não estamos vivendo uma anarquia sexual. Foi realizada uma pesquisa na França com homens e mulheres com mais de 25 anos, e eles disseram ter tido entre 14 e 16 parceiras sexuais até então, e as mulheres disseram entre 2 e 5. Sabemos que os homens sempre aumentam suas respostas e as mulheres diminuem, então a média não seria muito grande. Isso significa que estamos muito longe de viver uma orgia sexual como divulgam as mídias. Todos os excessos são extremamente minoritários. Isso é puro sensacionalismo. Pura especulação midiática. E o que trava a liberdade sexual são os próprios valores individualistas; nós queremos agradar os outros, queremos ser aceitos, queremos ser bem-vistos.
Agrade ao Papa ou não, o individualismo trava o individualismo. Não é a moral que diz que não devemos fazer amor com todo mundo, são meus próprios valores, minhas próprias escolhas do que quero ou não para minha vida que freia minha decisão.
Existe uma vertente individualista irresponsável, cada um por si, o chamado “Eu depois do Dilúvio”; vemos a todo momento exemplos deste tipo. Mas também existe o individualismo responsável, não de maneira sacrificial, mas que ajuda, que se emociona com as tragédias do outro; nesse caso há limites, os seus próprios limites, impostos por si próprio.
O sociólogo disse que há um conflito entre estes dois individualismos. Mas que não devemos “diabolizar” o individualismo como um todo, somente o individualismo irresponsável. Aqui deve-se iniciar uma nova cultura de educação.
A educação moral hoje ganha mais com a questão emocional. Deve ser uma educação baseada nos exemplos, nos romances. Mostrar o que é certo e o que é errado de forma emocional; criar um sentimento moral.
A ética está longe de ser suficiente para acabar com os problemas do mundo. Nós tratamos o mal mas o mal ressurge. Não podemos confiar exclusivamente na educação moral para nos fazer avançar rumo ao melhor.
Lipovestky citou como exemplo a Ecologia: vimos uma quantidade de denúncias e amostras de problemas ambientais, mas só isso não vai resolver o problema. O que vai resolver é o avanço da tecnociência ambiental, o surgimento de novas políticas ambientais.
Como outro exemplo citou a droga: não é uma guerra de morte contra a droga e contra os traficantes que vai diminuir o problema.
A política e a economia sem a ética vira um inferno. Mas a política baseada somente na ética leva a todos os problemas que conhecemos; leva a uma política frágil.
Nossa época requer uma ética do meio-termo. Fazer recuar o individualismo irresponsável e avançar o responsável. Não conseguiremos isto só com ética, mas sim com a inteligência do homem, ou seja, com o investimento na educação.
Lipovetsky citou a máxima “A verdadeira moral zomba da moral”, de Pascal.
Precisamos de uma solidariedade maior sim, mas precisamos de investimento maior na inteligência dos homens, na formação dos homens, principalmente na educação de primeiro e segundo graus; lá no início da construção do indivíduo.
Lembramos que não é uma moral racional, é uma moral de emoção. Uma moral não obrigatória e indolor.
Perguntado sobre a questão da moda na contemporaneidade, qual o papel dela na ética contemporânea, Lipovetsky respondeu que a moda não é uma forma de resolver os problemas da moral e nem é exemplo, modelo de moral. A lógica da moda segue a lógica do comércio, do consumo; não tem limites e é efêmera, o contrário da lógica da moral. A moda não é um mal absoluto, mas também não é o bem. A lógica da moda segue a ideologia do prazer, do gozo, do totalitarismo. A lógica da ética segue o contrário. Mas a moda pode ajudar quando lembramos que devemos usar a emoção através da arte, da literatura, da cultura em geral, incluindo a moda, para ensinar a moral e a ética na educação e na formação dos homens.
Para outra pergunta sobre a comparação entre modernidade e hiper-modernidade ele diz que a primeira rejeitava as identidades individuais, enquanto que a segunda reacende esta questão; a busca das identidades, das culturas regionais frente a globalização existe e muito hoje em dia.
Não tomamos os discursos como a realidade da sociedade. Aristóteles acreditava no meio-termo e que os extremos não são bons. Precisamos de prudência. A ciência tem um lado bom e um lado ruim, mas sem a ciência não avançamos. Devemos achar um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e o desenvolvimento sustentável, claro com uma nova consciência do consumidor.
As correntes radicais não acreditam que isso seja possível, mas Lipovetsky disse que acredita que sim. Acredito na máxima de que a ciência torna possível o impossível. Devemos buscar o comedimento.
E para a pergunta se estamos vivenciando uma feminilização do indivíduo, já que estamos vivendo em uma época emocional e a emoção é uma característica feminina, o sociólogo diz que esta é uma questão muito ampla: há dois individualismos, claro. Um masculino e um feminino, mas os princípios são iguais a ambos. Não podemos ir longe demais ao assumir a feminilização da sociedade. Mas tem uma questão que o homem deveria aprender com a mulher que é a seguinte: a mulher busca incessantemente a busca do equilíbrio entre a vida privada e a vida profissional e o homem, geralmente, se dedica a uma dessas vertentes. Há uma sabedoria nisso, e o homem deveria copiar isto da mulher. Quanto a feminilização da cultura: sim e não. O consumo é mais feminino, o design está mais feminino, o machismo acabou, tudo indica uma feminilização cultural, mas o fato de que hoje as mulheres assumiram cargos e tarefas que antes eram exclusividade masculina, faz com que ela também se torne mais masculina. Então há dois pontos-de-vista. Tem que existir o equilíbrio.

24 de setembro de 2010

New Jazz Festival

Grande evento aos amantes da boa música, da dança, da cultura em geral.
Vai acontecer, em Caxias do Sul, dias 23 e 24 de outubro o New Jazz Festival, no Aristos London House.

Confira programação no site.


É muito bom saber que Caxias agora possui eventos como este. Já temos o de Blues, agora Jazz.
Aguardamos ansiosos.

23 de setembro de 2010

Make Chanel

Bacana este vídeo dos bastidores do desfile da Chanel, onde o diretor criativo de maquiagem explica sua inspiração para o make.
Ele diz que é uma mistura entre clássico e rock and roll. Coco Chanel X Cortney Love.
Clique na imagem para visualizar o vídeo.


Luxo!

Fonte: style.com

Ganhei promo!!!

Estou tão feliz que resolvi compartilhar com vocês.
Ganhei uma #promo no twitter da Chopper Jeans. Vou ganhar uma bermuda boyfrend.
Não é um máximo!!
Foto: twitpic
Além das promoções, se você segue a @chopperjeans no twitter, você pode solicitar o catálogo que eles enviam. Já pedi o meu!
Assim que receber meus presentinhos, posto aqui as fotinhos, ok.
Aguardem!

Atenção lojistas!

Você sabia???
Agora é obrigatório ter pelo menos um exemplar do Código de Defesa do Consumidor em local visível da loja. A Lei 12.291 tem o objetivo de promover a vulgarização do CDC, que já tem quase 20 anos de criação, a fim de que ele seja observado pelos empresários e, por sua vez, conhecido pelos consumidores em geral.
Você encontra o livrinho em qualquer livraria ou pela internet, ao custo de aproximadamente R$15,00.

O nosso já está aqui.

Mais informações: DireitoNet ou Ministério da Justiça

Surpresa!

Surpresa hoje nas janelas do prédio do Juvenil.
Exatamente às 18:30 hrs, olhe para cima!

Ver flyer.

22 de setembro de 2010

Bem-vinda Primavera!

A Primavera chegou e para inspirar resolvi fazer este post sobre Flores.
Nós amamos flores, e elas podem estar por todos os lados: em vasos, enfeitando nossos lares e ambientes de trabalho; em estampas de roupas, calçados, acessórios, objetos.


Então, inspire-se!!!

Clements Ribeiro, Issa e Jaeger London - Londres Spring2011
 Tanto nos desfiles internacionais como por aqui, os florais estamparam vestidos, tops, bermudas, casacos e o que mais a imaginação permitir.

Espaço Fashion, Lino Villaventura, Maria Bonita Extra e Simone Nunes - SPFW e Fashion Rio
 Os calçados do próximo verão também receberam flores, seja na estampa ou como detalhe

Azaléia, Melissa, Via Uno e Paula Bahia
 Aqui na Livas as flores também estão presentes. Aliás, o arranjo de tupilas do início do post nós ganhamos e está em nosso balcão para colorir o ambiente.


Vestido de crepe R$219,00


Vestido estampado R$159,00


Lenço de cetim R$49,90



Anel Rosa R$20,00

Flores de tecido a partir de R$35,00

Caixas Organizadoras (kit com três) R$59,90

Que seja Bem-vinda a linda Primavera!!!

Maison Martin Margiela e-commerce

A partir de outubro a grife Martin Margiela terá e-boutique, ou seja, clientes do mundo todo poderão comprar suas coleção online.

Na estréia, além da coleção de inverno 2010, a e-store traz ainda uma edição limitada da jaquetas de motocicleta “5 zips”, agora em jeans.

Acesse: maisonmartinmargiela.com

Fonte: FFW

Pintura que vira tecido

Já ouvimos de tudo com relação a tecidos inteligentes, nanotecnologia, e etc, certo?
Errado. A mais recente novidade é um Spray que aplicado no corpo, vira um tecido lavável.
A invenção é do estilista espanhol Manel Torres, que criou a fómula misturando polímeros com solvente, que evaporam ao atingirem uma superfície, deixando apenas o material sólido que cobre a pele.
Imaginem só as possibilidades de cores e desenhos que se pode criar!

E aí, o que acharam?
Se interessaram, tem uns vídeos demonstrativos aqui: vídeo1 e vídeo2

Fonte: usefashion

Amanhã no 12º Caxias em Cena: A tecelã


Gente, vale muito a pena assistir este espetáculo. Apreciem!!!

21 de setembro de 2010

Concurso

A Fundação Japão em São Paulo abre inscrições para o “Segundo Concurso Internacional de Criação de Padronagem de Furoshiki para Estudantes”, dirigido para estudantes de escolas de design, moda e artes plásticas de todo o país, com prazo de inscrição de 06 de setembro a 30 de outubro de 2010.



















O que é Furoshiki ?
É um "pano para embalagem e transporte" utilizado no Japão desde tempos antigos. Ele aparece em escritos do Período Nara como Tsutsumi (trouxa) referindo-se a um pano usado para embrulhar os tesouros guardados em Shoso-in (um Tesouro Imperial no templo Todai).



















Atualmente, como os problemas ambientais estão sendo noticiados em todos meios de comunicação, o furoshiki está atraindo renovada atenção, pois ele pode ser presenteado e reutilizado várias vezes.

E fica lindo!!!

Mais informações sobre o concurso, acesse: Fundação Japão

29ª Bienal de São Paulo

E quem passar por São Paulo, de 25 de setembro a 12 de dezembro, poderá conferir a 29ª edição da Bienal, no Parque Ibirapuera.
Com foco voltado para a relação entre a arte e a política, a 29.ª Bienal de São Paulo, cujo título reproduz verso do poeta Jorge de Lima _”Há Sempre Um Copo de Mar para o Homem Navegar”_, reúne mais de 800 obras criadas por 159 artistas, dentre as quais há um predomínio de vídeos e fotografias, seguindo tendência de mostras internacionais do gênero.
O cartaz da Bienal traz bússolas artesanais e o verso do poeta Jorge de Lima: “Há sempre um copo de mar para um homem navegar”, título da mostra, extraído de “Invenção de Orfeu” (1952) ©Divulgação

Fonte: FFW

19 de setembro de 2010

Achados

Sabe aquelas peças que são uma graça e que a gente encontra por um preço incrível? Pois é, a Revista Elle Brasil está com a enquete Achados das Leitoras, onde a gente pode mandar foto de uma peça que foi um achado tipo Bom, Bonito e Barato, em lugar inusitado.
Inspirada no tema, resolvi postar aqui uns achados bem legais que tenho.
Aliás, adoro fazer isso, e sempre consigo peças bacanas a preços que não torturam o bolso!!!
Olha minha listinha.

Essa eu mandei pra revista, bolsinha de corrente, custou R$10,00
na feirinha de antigüidades de Porto Alegre.

Também na feirinha achei este anel com espelho e broche pintados a mão.
R$10,00 cada

Bolsinha de festa bordada. Olha o detalhe antigo.
R$50,00, em uma lojinha de acessórios

Meu último achado, este mês, sapatilha colorida, numa loja de saldos.
R$35,00
 E você, tem achados legais???

Livro Style Book Fashionable Inspirations

Livro da editora de Moda Liz Walker revela as tendências das mais diferentes épocas em imagens de moda de rua, através de flagrantes de celebridades, sets de cinema e até imagens históricas.
Amei!!!

Jackie O. na capa

Diana Ross

Estilo Black Power

Editoriais de Moda
 Fonte: Estilo GNT

Seminário Identidade Regional

Seminário Identidade Regional da Serra Gaúcha como Sustentação para o Design
A busca da identidade regional através de cores, valores, materiais, sabores. Criou-se um Mosaico Cultural, unindo os fatores acima, a fim de incentivar o design regional.
Segundo consta na divulgação do material o estudo tem o objetivo de fornecer informações que possibilitem aos designers e empresas o desenvolvimento de produtos com valor agregado.
Segue minhas anotações durante o evento. Espero que todos aproveitem.
Pronta para o evento

Palestra Trajetória, com Walter Rodrigues
Contou sua trajetória na moda atrás de quadro cronológico de datas, onde cada momento incluiu temas inspiratórios. Imagens de desfiles, co-relacionando com suas respectivas inspirações. Dividiu sua trajetória em cinco temas: AN (antropologia), MF (masculino/feminino), AR (armadura) e Século XIX.
Nas imagens víamos claramente essas temáticas, e que suas coleções transitam entre elas de modo sempre harmônico, e nunca estático.
Dentro do tema Antropologia, Walter busca a raiz, culturas diferentes, povos e seus folclores, observação da natureza e seus ciclos.
Em Masculino/Feminino, os uniformes, a fotografia, o contraste leveza X rigidez, e o jogo preto/branco são o que o inspiram.
Em Armadura o estilista busca os recortes, materiais mais rígidos como o couro, inspirações em Samurais, Van Dyck e Rembrant.
E no tema Século XIX Walter fala da arte e da arquitetura da época. Pintores, escultores, escritores: Degas, Tissot, Toulouse-Lautrec, Boldini, e outros criam coleções com muitos efeitos visuais, enfeites decorativos, bordados, silhuetas sinuosas, mas tudo muito bem pensado e construído.
Walter ainda comentou que no seu processo de criação, sempre começa a pensar no desfile. A partir daí começa a visualizar o todo, a forma, as cores, os detalhes. E destacou muito a importância de “olhar o entorno”, e de que a pesquisa deve ser constante e intensa.

Palestra Moda no terceiro milênio: novos valores, novas práticas, com Ana Mery Sehbe De Carli
Ana iniciou com discurso sobre a divisão da Moda por Gilles Lipovetsky. A partir de então nos situou na década de 1990, com a seguinte questão: de 1990 à 2010, quais foram as mudanças mais importantes?
Em seguida, mostrou um vídeo sobre o ataque as Torres Gêmeas, onde a tela fica preta por um bom tempo, só com som do fato histórico, que depois aparece através da filmagem de pessoas na rua olhando para o que aconteceu, perplexas, chocadas. Em nenhum momento o vídeo mostra o fato em sim, mas sons e depois a imagem do choque das pessoas vendo o que aconteceu.
O que Ana quis demonstrar com esse vídeo era exatamente a reação das pessoas diante do fato que surpreendeu o mundo todo, e que a partir disto muita coisa mudou.
O que a tragédia tem a ver com a Moda? Muito.
A partir deste acontecimento nossa visão do mundo mudou. Tínhamos um modelo de império político/econômico, e este modelo mostrou-se frágil ante um poder maior, que é o poder de destruição. Tudo isto, além das pessimistas estatísticas naturais, nos levou a pensar na Humanidade e seu futuro; a olhar a Natureza e o Planeta com outros olhos.
Hoje nos mostramos mais preocupados conosco, com nosso lugar, com nosso entorno.
Abandonamos O Modelo, para criarmos modelos próprios. Passamos a ouvir termos como Genius Loci (“espírito” ou “talento” local).
O local passou a ser tão importante como o global.
Segundo estudiosos, o pensamento de cada século se divide da seguinte forma:
Século XIX = Liberdade
Século XX = Igualdade
Século XXI = Fraternidade
Estamos fraternos com o mundo e a humanidade. A sustentabilidade passou a ser lema nos quatro cantos do planeta. Mas precisamos pensar nas três dimensões da Sustentabilidade, que são: Econômica, Social e Ambiental. E suas ações, baseadas nos três R’s: Reciclar, Reutilizar e Reduzir.
Ana ainda citou alguns exemplos, na moda, de empresas que trabalham a sustentabilidade: CoopaRooca (Brasil), Manos (Uruguai), Mi Puro (Peru) e o projeto Oficina de Protótipos da Universidade de Caxias do Sul.
Concluiu que, tudo isto trata-se de uma Atitude Ecológica. É o que estamos vivenciando após 20 anos de crises, mudanças, quedas e rupturas. Ela chamou de A Moda da Ética Anunciada, que seria a nova era da Moda, depois da Moda Aberta, A Moda de Cem Anos.
Será que acordamos?

Palestra Memória, Cultura e Identidade com Cleodes Piazza
Persona clássica da cidade de Caxias do Sul, Cleudis é exímia contadora de histórias. Tem uma maneira única, quase teatral de falar, de se expressar. Nos trouxe o lado sentimental do assunto. Quem somos? Qual o nosso DNA?
Falou que uma das principais marcas de nossa região é a capacidade de assumir desafios. Somos Pioneiros: ou se vence ou se morre.
A matriz do povo gaúcho é o fenômeno imigratório, onde diversas culturas diferentes se misturam, se diferem, se igualam.
Discorreu na história da região, contando fatos pequenos, quase sempre esquecidos em meio aos grandes fatos. Falou sobre a importância da plantação de trigo, que foi aproveitada no passado, entre tantas coisas, para a construção de chapéus, bolsas e artigos decorativos.
Falou dos tecelões, do vime, da plantação de linho para fazer sacos que carregavam cereais e toalhas de mesa.
Contou uma história interessante sobre a vinda de freiras francesas “encomendadas” por dois bispos da região, com o objetivo de ensinar as artesãs e tecelãs locais a melhorar a qualidade de seu trabalho, considerado bruto. Vieram também religiosas da Áustria.
Enfim, concluiu: esse é o nosso jeito; nossa mistura étnica constrói nossa cultura.
Nossa identidade? Fazer bem feito. Atenção ao detalhe.

Certamente, Walter Rodrigues saiu encantado com tantas histórias, e com o jeito emotivo e divertido de contá-las. Quem sabe não servirá de inspiração ao grande estilista!

Mas, todas estas palestras tiveram o objetivo de costurar uma trama que levou a palestra final. A apresentação do projeto, idealizado e construído pelas professoras Eliana Rela, da História e Bernadete Venzon, da Moda, e organização de Mercedes Manfredini.
Dois anos de pesquisa com: entrevistas, análise de documentos, observação da rua, das paisagens, dos locais onde visitaram em toda a região. Tiveram contribuição do acervo do Arquivo Histórico.
Criaram uma Viagem Iconográfica: o fazer, o comer, o rezar, o trabalhar. Estes temas nortearam toda a pesquisa, baseados no conceito de Cotidiano de Alfred Schutz: parar de automatizar; inovar.
Como Identidade utilizaram a definição de Giddens (2002): “um conjunto mais ou menos integrado de práticas que um indivíduo abraça, porque dão forma material a uma narrativa particular de auto-identidade”.
Destacaram como sendo da cultura gaúcha o couro, da guarani a cestaria, o trançado, o vime, e da cultura européia a religiosidade e a arquitetura.
Dividiram a pesquisa nos seguintes temas: a Paisagem, a Arquitetura, as Tramas, a Religiosidade, a Gastronomia e as Comemorações.
Uma região, múltiplas histórias em movimento.
Arquitetura: basalto, madeira, alvenaria, acabamentos rebuscados, entalhes na madeira formando “rendas”, autos e baixos/relevos.
Tramas: palhas de milho (Dressa); palha de trigo (Vime); cadeira colonial (Tiririca); rendas, macramês, frivolês; bordados; os trabalhos no algodão como acabamento em lençóis, toalhas e roupas de baixo; ponto-cruz; tecelagem (lã, seda e linho); couro.
Religiosidade: agregar valor, unir pessoas; esculturas, vitrais, pinturas nas igrejas e capelas, metais.
Comemorações: integração, colheita, missas, almoços, festivais. Cada uma com suas cores, suas canções, seus ritos.
Gastronomia: geometrias, cores e texturas.
Espera-se, a partir de agora, que toda a pesquisa possa incentivar a uma “Decodificação para transformar em produto e Originalidade para transformar em lucro” segundo suas próprias palavras.

Belo projeto, e que não pare por aqui. Que se desdobre em criações, invenções, novas pesquisas, seja na área da moda, ou na arte. Temas para inspiração e idéias não faltam.
Este é o nosso local, vamos observá-lo e projetá-lo ao global.

Feira do Empreendedor

Semana passada dei uma volta pela Feira do Empreendedor que aconteceu na Fiergs em Porto Alegre.
Segue imagens do que vi por lá que me chamou a atenção.


 Na parte de Artesanato regional, adorei as peças da Favos Sul. Já conhecia o trabalho deles, inclusive fiz um trabalho sobre eles na Pós-Graduação. Crochês e macramês em bolsas e acessórios de moda também me atraem. E aquele avental de patch colorido, lindo!
Já no estande dos Reciclados, gostei de quase tudo. A criatividade não tem limites, a simplicidade dos produtos resultantes é muito bonito!
As fruteiras de vinil são uma graça. Carteiras, estojos e cases de notebook em patchworks lindíssimos. E aqueles tapetes com tampas de garrafa? Fofos. A arte sacra tomou conta do artesanato, adorei a bolsa com estampa de santo e os orixás lindíssimos aí em cima, queria todos.

Segundo dados do site, a feira recebeu este ano mais de 20 mil visitantes e foram realizados mais de R$12 milhões em negócios no Salão de Franquias, novidade no evento.

15 de setembro de 2010

Lançamento Apple

Olha que graça o novo iPod Nano

Totalmente redesenhado com Multi-Touch, a mesma tecnologia que deixa o iPhone, o iPad e o iPod touch tão incríveis. Mas agora com a metade do tamanho e ainda mais fácil de usar.
Em uma elegante estrutura de alumínio anodizado e sete cores brilhantes, o iPod nano é perfeito para você brilhar.

O iPod nano é 46 por cento menor, 42 por cento mais leve e 100 por cento feito para música com Multi-Touch. Resumindo, tem o tamanho perfeito para um toque ou deslizar. Seus dedos vão se sentir em casa.
E já tem gente que adaptou uma pulseira e usou como relógio!!
Fotos: sites usefashion e apple