10 de dezembro de 2011

A caracterização do palhaço


Hoje é o Dia do Palhaço e o blog MN! não podia deixar de homenageá-lo.
O palhaço fez parte da minha infância, sempre admirei este ser maravilhoso que nos faz rir e chorar ao mesmo tempo.
Quando eu era ainda um bebê, tinha pôster de três grandes palhaços da história, colados no meu quarto: Carequinha, Arrelia e Piolin. Eles ficavam ali, me olhando, me protegendo, me alegrando, como anjos. Ficaram lá por muito tempo, até uma certa idade na infância (por volta dos 4 ou 5 anos).
Depois de adulta, nunca deixei de admirá-los. Adoro saber que esse personagem ainda existe e está cada vez mais presente no dia-a-dia das pessoas: em empresas, em hospitais, em escolas, nas ruas, nos palcos, nos filmes...
 

A possível origem do termo Palhaço vem do italiano: pagliaccio - omino de paglia (homem de palha). “Isso remonta à pessoa humilde do campo que chega à cidade grande e, muitas vezes, não consegue emprego. Logo, pois, fica sem condições de se manter. Passa a viver na rua, às vezes embriaga-se com cerveja, cuja espuma fica ao redor da boca (é a maquiagem branca), e, de tanto tropeçar nas próprias pernas e cair com o nariz no chão, acaba ficando o nariz vermelho (é o nariz vermelho, característico da assunção da figura de palhaço). Por não ter dinheiro para comprar roupas, ganha suas roupas de outros, mas estas não lhe servem: por isso, tem uma calça mais curta ou mais larga ou então um sapato muito grande, ou então um casaco grande demais, peças descombinadas e desproporcionadas entre si”. (Tirado de Wikipédia).

Desde pequena a roupa e a maquiagem do palhaço sempre me fascinaram. E a caracterização (ou figurino) do palhaço é algo muito importante na composição do personagem. Não é apenas vestir uma roupa folgada e colorida, pintar o rosto de branco e colocar o nariz. O figurino tem que estar totalmente ligado ao personagem, tem que faz parte do corpo e dos gestos do personagem. Caracterizar-se é o que faz com que o palhaço vá nascendo, aos poucos, a cada peça colocada, a cada cor desenhada, até chegar ao último e mais importante item: o nariz vermelho. Nem todos os palhaços da história usam o nariz, é claro, mas todos possuem um item que os define.

Se você duvida da importância do figurino para esse personagem, tente imaginar Charles Chaplin fazendo suas proezas sem o bigodinho e a cartola... ou então o Bozo dançando e cantando sem aqueles cabelos esquisitos!
Charles Chaplin e seu eterno personagem Carlitos

Carequinha: "Tá certo ou não tá?"

Arrelia: "Como vai, como vai, como vai? Eu vou bem, muito bem... bem... bem!"

Piolin

Bozo Boboca Nariz de Pipoca: "Dá uma bitoca no meu nariz!"

Vovó Mafalda

Ronald McDonald
 Imagens: Reprodução

Uma curiosidade: tipos de palhaço
Branco: caracterizado pela maquiagem branca com alguns detalhes sutis em vermelho e preto, o palhaço Branco é geralmente sério, mandão e ocupa uma posição superior na hierarquia dos palhaços. Em alguns circos, é comum que o Branco seja também o apresentador dos espetáculos. É descrito como elegante, com gestos finos e representa o burguês, a encarnação do patrão e do intelectual cerebral. Geralmente é personagem que inicia as esquetes e engana outros palhaços. Tornou-se popular com a figura do Bozo.
Auguste: também chamado de Palhaço Vermelho, pela cor de sua maquiagem, o Auguste é a figura cômica ingênua de boa-fé, emocional, inocente e atrapalhada. É enganado por todos os outros palhaços, ocupando a posição mais baixa na hierarquia. É o palhaço que tem a aparência mais conhecida: nariz vermelho, calças largas, sapatos excessivamente grandes e a cara parcialmente pintada. Pode contar com a figura de um segundo palhaço, chamado de Contra-Auguste. Exemplo de Augustes famosos são os palhaços Arrelia e Carequinha.
Personagem: o palhaço de personagem assume uma segunda característica além da personalidade de palhaço. Geralmente adiciona uma profissão, como um palhaço cabeleireiro, policial, cozinheiro, açougueiro, ou uma nacionalidade que lhe permita vestir-se de maneira distinta. Geralmente atua em espetáculos ou esquetes específicas.
Vagabundo: discute-se o fato de o vagabundo ser, na verdade, um palhaço de personagem. Predominantemente americano, foi popularizado durante a Guerra de Secessão dos EUA, que deixou milhares de pessoas vagando pelas cidades. O vagabundo é uma figura triste, melancólica, oprimida e solitária. Em sua maquiagem predomina a cor negra e seu figurino compõe roupas largas e surradas. Popularizou-se principalmente com Charlie Chaplin e Buster Keaton. (Tirado do artigo “E o palhaço, o que é”, em a Gazeta do Povo – 17/09/11)

Desejo um Feliz Dia do Palhaço aos meus amigos que fazem parte do mundo Clow e tornam nossas vidas muito mais divertidas.
Vida longa ao Palhaço!!!

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